Assim como os humanos, os animais de estimação também podem sofrer os efeitos do estresse, ainda que isso frequentemente seja algo que passe despercebido no cotidiano. A boa notícia é que existem várias maneiras de identificar esses sinais e, com isso, melhorar o bem-estar dos pets!
Atitudes simples, como manter uma rotina estável, oferecer carinho e até investir em uma diversidade de brinquedos para cachorros, gatos e outros pets para proporcionar distrações, podem ajudar na prevenção e no alívio de tensões. No entanto, antes de tudo, é essencial aprender a reconhecer os comportamentos que indicam que algo não vai bem. Continue a leitura para descobrir!
Manter os cães mentalmente e fisicamente estimulados é uma das formas mais eficazes de prevenir o estresse. A falta de atividades pode levar ao tédio, à frustração e até a comportamentos destrutivos.
Por isso, os brinquedos são muito mais do que simples objetos de diversão. Eles servem, sobretudo, como ferramenta para gastar energia, desenvolver habilidades cognitivas e até aliviar a ansiedade.
Brinquedos interativos que ocultam guloseimas e mordedores resistentes auxiliam o animal a se manter tanto ocupado quanto tranquilo. Vale lembrar que passeios diários e tempo de qualidade com os tutores também são fundamentais para o bem-estar emocional dos pets.
Um dos primeiros sinais de que algo está fora do normal é a alteração na alimentação. Se o pet começa a recusar comida ou, ao contrário, passa a comer demais, isso pode ser um reflexo direto de estresse.
Outros indícios incluem comer mais devagar do que o habitual, esconder comida ou até apresentar sinais de desconforto gastrointestinal, como vômitos ou diarreia. Observar esses comportamentos e relacioná-los a outros fatores do dia a dia, como mudanças na rotina, barulhos incomuns ou a chegada de novos animais ou pessoas em casa, são ações que podem ajudar a identificar a causa do problema.
Os animais estressados podem mudar completamente de comportamento: um animal normalmente sociável de repente se torna mais recluso, evitando contato com humanos ou outros animais, enquanto um pet dócil subitamente demonstra sinais de agressividade; por exemplo, quando passa a rosnar, a latir excessivamente ou até a morder.
Essas reações muitas vezes são mecanismos de defesa causados pelo desconforto emocional. Por isso, é importante não punir o animal, mas sim buscar entender o que pode estar desencadeando essas respostas. A aproximação deve ser feita com paciência e, se necessário, com a ajuda de um adestrador ou de um comportamentalista.
O corpo do animal também revela sinais importantes de estresse. Queda de pelos em excesso (além do que seria normal para a época do ano ou para a raça), tremores frequentes, respiração ofegante ou lambedura compulsiva em partes do corpo — especialmente nas patas — são sintomas físicos comuns.
Essa última, inclusive, pode gerar feridas, infecções ou dermatites, agravando ainda mais o estado do animal. Observar esses comportamentos com regularidade pode ajudar o tutor a intervir antes que o problema evolua.
A qualidade do sono diz muito sobre o estado emocional do pet. Um cão estressado tende a ter certa dificuldade para relaxar, a apresentar um sono agitado ou, ao contrário, a dormir muito como maneira de evitar experimentar estímulos desconfortáveis.
Além disso, ele pode perder o interesse por atividades que antes adorava, como passeios, brincadeiras ou interações sociais. Ficar deitado por longos períodos, isolado, também tende a indicar que o animal está emocionalmente abalado. Essas mudanças merecem atenção, principalmente quando acontecem de forma repentina.
O estresse pode levar os animais a desenvolverem comportamentos repetitivos, conhecidos como estereotipias. Isso inclui andar em círculos, perseguir o próprio rabo, latir sem motivo aparente ou arranhar portas e móveis constantemente.
Nesses casos, uma dica é intervir com atividades que redirecionem a energia do animal e que também ajudem a aliviar a ansiedade. Por exemplo, brincadeiras orientadas ou até sessões de enriquecimento ambiental.
Embora os tutores conheçam bem o comportamento de seus pets, nem sempre é fácil identificar quando algo exige atenção profissional. Ao notar mudanças persistentes no comportamento ou sinais físicos incomuns, é fundamental consultar um veterinário. O profissional poderá descartar causas clínicas, como incômodos ou dores, que também podem gerar estresse, e indicar o melhor caminho para tratamento.