Sagrima e Seir iniciam tratativas para formulação de ações voltadas aos produtores rurais quilombolas

A promoção da inclusão produtiva e o estímulo à produção rural em comunidades quilombolas foram pautas discutidas durante reunião promovida pela Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Sagrima) e a Secretaria de Estado Extraordinária de Igualdade Racial (Seir). Durante o diálogo, que ocorreu na segunda-feira (6), os titulares e técnicos das pastas estipularam ações de apoio aos criadores de peixes e galinhas que vivem nesses territórios.

Dentre as estratégias discutidas, estão a criação de projetos de fomento financeiro aos criadouros, assistência técnica aos produtores e ações de estímulo à produção, como, por exemplo, a aquisição e distribuição de milho para ser utilizado como ração animal. As estratégias levantadas darão base para criação de um Termo de Cooperação Técnica entre ambas as secretarias.

Para o secretário da Sagrima, Flavio Viana, a parceria é um exemplo do alinhamento entre órgãos do Governo. “Estamos trabalhando em conjunto para levar ainda mais serviços para população maranhense, e isso requer alinhamento interno. A parceria com a Seir vai possibilitar atender a demanda dessas comunidades com mais presteza e qualidade”, destacou.

Conforme a reunião, o objetivo, também, é buscar parcerias com outros órgãos e entidades do setor agropecuário, como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a fim de que possam contribuir com o processo de aquisição de insumos para ração animal e de apoio à produção.

O secretário da Seir, Gerson Pinheiro, explicou que o projeto irá promover desenvolvimento econômico para os produtores. “Toda produção oriunda dessa parceria com a Sagrima receberá um selo com identificação social e territorial dos produtos, o que vai garantir mais visibilidade, renda e autonomia financeira aos produtores das comunidades quilombolas rurais”, afirmou.

Maranhão Quilombola

A parceria entre a Sagrima e a Seir faz parte das ações do programa Maranhão Quilombola, que tem o objetivo de garantir melhores condições de vida à população dessas comunidades tradicionais. O programa, criado em 2015, atua em quatro eixos: acesso à terra, desenvolvimento local e inclusão produtiva, saúde e educação.

Neste primeiro momento, ambas as secretarias estão em processo de tratativa para alinhamento das ações que serão implementadas. Ainda durante o processo, serão definidas as comunidades que serão beneficiadas pelo programa.