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PNLD aprova livro sobre cultura indígena

Aval do MEC permite que a obra seja distribuída de forma gratuita à rede pública de ensino e utilizada para fomentar debates sociais dentro das sal...

18/04/2024 às 14h39
Por: Redação Fonte: Agência Dino
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Colli Books Editora
Colli Books Editora

A população de estudantes no Brasil vem retomando os patamares anteriores à pandemia de Covid-19. De acordo com o Censo Escolar de 2023, divulgado pelo Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), existem cerca de 47,3 milhões de alunos em todo o Brasil.

Além de matérias como Português, Matemática, História e afins, também é importante utilizar o espaço escolar para outras discussões. Temas como sustentabilidade, bullying, trabalho em equipe, dentre outros, também devem fazer parte do cotidiano da sala de aula.

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Os professores, podem, então, contar com livros aprovados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). Este é um programa do Ministério da Educação (Mec) que avalia e disponibiliza obras didáticas e outros materiais de apoio pedagógico às escolas públicas e outras instituições de ensino.

Um exemplo de obra aprovada pelo PNLD que aborda importantes assuntos é o livro “Descobertas de Inaiá”, escrito por Isa Colli.

Um livro, várias discussões

Um livro apoiado pelo PNLD significa dizer que a obra passou por uma criteriosa avaliação pedagógica e metodológica, realizada por especialistas habilitados para realizar tal verificação e julgamento. Isso permite que professores e educadores do ensino público acessem com mais facilidade narrativas inspiradoras.

Anderson Evangelista, gerente comercial da Colli Books Editora, destaca a importância de ter uma publicação aprovada pelo PNLD. Para ele, o fato de os alunos receberem o material gratuitamente é uma forma eficaz de democratizar o acesso às fontes de informação e cultura. 

“Outro ponto importante de ter uma obra aprovada no PNLD é a possibilidade de colaborar para fomentar a leitura entre crianças e jovens que talvez não tivessem acesso à literatura de outra forma“, destaca o gerente.

Com esse apoio, obras que discutem temas relevantes para as novas gerações se tornam mais acessíveis a professores e estudantes. “Descobertas de Inaiá”, por exemplo, traz “discussões sobre a convivência entre culturas diferentes, sobre a importância de valorizar e respeitar as tradições, as diferenças entre os povos e as crenças de cada indivíduo“, elenca Anderson.

A publicação retrata a história de uma jovem indígena chamada Inaiá, que passa a frequentar uma escola fora da aldeia. Vale destacar que a obra se passa na Floresta Amazônica, na região conhecida como médio Solimões. Trata-se de uma área com 185 aldeias e 21 etnias, incluindo os Kambeba. 

Para Evangelista, com este tipo de obra “é possível também trazer ao debate especificamente o tema das diferenças entre os povos indígenas que vivem no Brasil; além de provocar reflexões sobre a influência dos colonizadores no passado de formação sociocultural do país”

A aprovação pelo PNLD também facilita o acesso ao debate sobre a riqueza cultural de um povo, ao aquiescer uma obra que trata, por exemplo, de cerimônias religiosas, lendas, danças, costumes, gastronomia e artesanato dos povos originários brasileiros. 

O diretor comenta que a presença de rituais como o Kuarup até danças como a Acyigua e a Dança da Onça em um livro como Descobertas de Inaiá “podem ensejar debates relevantes para a sociedade”. 

Mesmo o diálogo sobre o bullying pode ser trazido para a sala de aula com ajuda desse tipo de publicação, que mostra a jovem indígena sendo rejeitada por seus colegas de turma devido a sua origem. 

Índio não, indígena

Muitas pessoas não sabem, mas há um importante debate em curso sobre como referir-se aos povos originários brasileiros. Anderson Evangelista explica que “a palavra “índio”, que ganhou força no século 16 e foi usada durante tanto tempo, carrega preconceitos, além de omitir a diversidade dos povos”.

Ele conta que a mudança para o termo “indígena” veio aos poucos, com entidades de defesa da cultura indígena,  ONGs e pesquisadores chamando atenção para essa causa. Em seguida, foram as escolas que passaram a adotar a palavra. No entanto, foi somente em janeiro de 2023 que o termo foi oficializado.

“A Funai, por exemplo, teve seu nome alterado de Fundação Nacional do Índio para Fundação Nacional dos Povos Indígenas; a data comemorativa, celebrada em 19 de abril, também passou a ser chamada de Dia dos Povos Indígenas”, finaliza o gerente.

Para mais informações, basta acessar: http://www.collibooks.com

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