22°C 27°C
João Pessoa, PB
Publicidade

Arquivo Público do Estado da Bahia, segunda maior instituição arquivística do Brasil, celebra 134 anos

A instituição é considerada a segunda mais importante instituição arquivística pública estadual do país, em razão de custodiar um acervo documental...

Redação
Por: Redação Fonte: Secom Bahia
15/01/2024 às 23h13
Arquivo Público do Estado da Bahia, segunda maior instituição arquivística do Brasil, celebra 134 anos
Foto: Tom Correia

Localizado na Ladeira Quintas dos Lázaros, nº 50, Baixa de Quintas, em Salvador, o Arquivo Público do Estado da Bahia, unidade gerida pela Fundação Pedro Calmon (FPC/Secult-BA), criado em 16 de janeiro de 1890, completa 134 anos. A instituição é considerada a segunda mais importante instituição arquivística pública estadual do país, em razão de custodiar um acervo documental de valor inestimável, produzido, recebido e acumulado ao longo de 214 anos, período em que a cidade do Salvador foi sede do Governo-Geral do Estado do Brasil (1549-1763).

O diretor do Apeb/FPC, Jorge Vieira, destaca o papel importante desempenhado pela instituição na preservação da memória do povo baiano.

Continua após a publicidade

“Rendemos homenagens aos 134 anos de existência do Apeb, esta importante instituição que desempenha um papel crucial na preservação da memória da Bahia, Brasil e parte do ex-império português. Sua relevância histórica é indiscutível, ao longo das décadas, o Arquivo Público do Estado tem um papel vital na gestão, recolhimento, preservação, tratamento técnico e na difusão de acervos que testemunham os episódios cruciais da história baiana e brasileira. Celebramos o APEB não apenas como uma instituição, mas como um pilar essencial na manutenção e celebração da rica história e cultura baiana”, enfatizou Jorge Vieira.

O diretor-geral da Fundação Pedro Calmon, Vladimir Pinheiro, destaca o empenho da instituição em democratizar o acesso da população ao rico acervo do Arquivo Público do Estado da Bahia.

“Celebramos o aniversário do Apeb, importante patrimônio não só do povo brasileiro, mas também da humanidade. O arquivo é um dos maiores do Atlântico Sul, que traz documentos que remontam a construção e a formação do povo baiano, brasileiro, o período colonial, registros da formação da República, e documentos que reúnem as características, o desenvolvimento social, político e cultural do nosso povo. Um acervo riquíssimo, e que hoje tem a tarefa de democratizar esses documentos para a população de uma forma geral, para que a sociedade se aproprie desses registros. A nossa tarefa é democratizar, aumentar a circulação, e o acesso do Apeb ao povo”, reforçou Pinheiro.

De acordo com relatório anual, em 2023, o Arquivo Público apresentou os seguintes números: Preservação e processamento técnico do acervo documental custodiado – Transcrição Paleográfica para emissão de certidão (79); Descrição arquivística (30.543); Disponibilização na Web sobre acervo (138); Catalogação/Indexação no sistema Pergamum (1.372); Revisão e atualização no Sicro (730); Revisão e atualização de inventário sumário (9.542); Higienização (1.543); Restauração (686); Acondicionamento (684); Quantitativos de atendimentos presenciais (1916) – atendimentos à distância (4748); Assistência Técnica a Arquivos Públicos Municipais em 21 municípios; Assistência Técnica aos órgãos e entidades da Administração Pública Estadual quanto à gestão de documentos (196); Certidões emitidas (69).

Sobre o Apeb

Em 1980, o Arquivo Público é transferido para o Solar da Quinta do Tanque, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1949, situado no Bairro de Quintas. A histórica construção abrigou desde o século XVI a quinta de descanso dos Jesuítas, proprietários do imóvel até a expulsão da Ordem do Brasil, em 1759. Após inúmeras reformas, adaptações e vários proprietários, foi restaurada pelo Governo da Bahia e destinada à instalação do APEB, local onde hoje se encontra.

O Apeb reúne, em termos quantitativos, aproximadamente 7.360,14 metros lineares de documentos, com datas-extremas desde o século XVI até o século XXI. O acervo documental custodiado é composto dos seguintes gêneros documentais: textuais, iconográficos, manuscritos e cartográficos, de natureza notadamente pública, além de existirem alguns fundos privados de interesse público e social. Existe uma Biblioteca especializada em história da Bahia. O acervo bibliográfico é constituído por obras que datam do século XVIII aos dias atuais, destacando-se no século XIX os documentos impressos de caráter Executivo e Legislativo.

A nomeação no Registro Nacional do Brasil do Programa Memória do Mundo da Unesco confirma o valor excepcional e o interesse nacional de acervos documentais de relevância para a memória coletiva da sociedade brasileira que devem ser protegidos em benefício da humanidade:

Em 2016, o conjunto documental Companhia Empório Industrial do Norte (1891-1973)
Em 2013, as Cartas Régias (1648-1821)
Em 2010, os Registros de Entrada de Passageiros no Porto de Salvador (1855-1964)
Em 2008, o fundo – Tribunal da Relação do Estado do Brasil e da Bahia (1652-1822)

Fonte: Ascom/FPC

* O conteúdo de cada comentário é de responsabilidade de quem realizá-lo. Nos reservamos ao direito de reprovar ou eliminar comentários em desacordo com o propósito do site ou que contenham palavras ofensivas.
500 caracteres restantes.
Comentar
Mostrar mais comentários