"Passam por mim e fazem o sinal da cruz", diz tatuador conhecido como 'satanás'

Língua e orelhas cortadas, quatro implantes que imitam chifres, prótese nos olhos, mamilos removidos e mais de 100 tatuagens. Assim é Pedro Henrique Silva dos Santos, ou "Pedro Kenso", de 28 anos, morador do PSul, em Ceilândia, no Distrito Federal.

Conhecido como "demônio" ou "satanás", ele conta que gastou mais de R$ 15 mil com as modificações no corpo.

Nas redes sociais, Pedro tem mais 272 mil seguidores e vídeos que fazem sucesso (veja acima).

"Tem gente que não senta do meu lado e que passa por mim na rua e faz o sinal da cruz. Mas nunca liguei não. Quando comecei eu já sabia que isso ia acontecer, mas eu acho bonito", diz Pedro Kenso.

Pedro é casado e tem dois filhos: uma menina, de 6 anos, e um bebê, de 10 meses. Ele diz que as crianças não estranham, a menina "foi se acostumando" e o menino já conheceu o pai assim, contou ao g1.

A primeira tatuagem dele foi aos 14 anos, quando escreveu na pele o nome da mãe, Lúcia, que não gostou da atitude do então adolescente.

"Apanhei dela porque ela pensava que tatuagem era coisa de marginal. Aí, hoje em dia, ela tem um bocado [de tatuagem] e me apoia", conta.