Geral Mato Grosso
Seduc promove seminário para debater com gestores municipais exclusão e abandono escolar
Busca Ativa Escolar é uma estratégia composta por uma metodologia social e uma ferramenta tecnológica, criada pelo Unicef e Undime, e disponibilizadas gratuitamente para todos os municípios do país
17/05/2022 17h05
Por: Redação Fonte: Secom Mato Grosso
Wesley Rodrigues Seduc-MT

A Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) promoveu, nesta segunda e terça-feira (16 e 17.05) o Seminário Estadual da Busca Ativa Escolar (BAE), em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime-MT). O objetivo do evento é apoiar gestores municipais para trazer de volta crianças e adolescentes que estão fora da sala de aula.

O seminário ocorreu no auditório da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), em Cuiabá, e reuniu gestores de todos os municípios envolvidos com o Busca Ativa Escolar, estratégia composta por uma metodologia social e uma ferramenta tecnológica, criada pelo Unicef e Undime, e disponibilizadas gratuitamente para todos os municípios do país.

O secretário de Estado Educação, Alan Porto, reforçou a importância de os gestores educacionais operacionalizarem a plataforma com alimentação de dados, pois somente assim será possível entender a realidade vivida nos municípios e criar as políticas públicas necessárias para mudar o quadro da evasão. A plataforma serve como um grande banco de dados que permite a comunicação entre diferentes áreas, armazenando dados sobre cada caso que passa a ser acompanhado.

“Além do esforço de todos para encontrar essas crianças e adolescentes, é preciso garantir o acesso das informações na plataforma. Elas vão muito além de colocar o estudante em sala. É urgente atuarmos para atender aos três pilares, garantir o acesso, mas também a permanência e o aprendizado desses estudantes. Tudo com muita dignidade”, ressaltou Alan Porto.

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Esta proposta de busca ativa se difere das outras existentes, pois não procura apenas colocar as crianças na escola. Para mudar a situação, se propõe a descobrir o motivo pelo qual elas saíram ou abandonaram a sala de aula.

Ação que requer uma articulação intersetorial, pois vai além de olhar os direitos educacionais dos jovens, envolvendo também a saúde, assistência social, conselhos tutelares, além de outros serviços da rede para atender crianças e, na maioria das vezes, suas famílias.

Apesar de 93% dos municípios mato-grossenses terem aderido ao projeto, 58 cidades estão inativas, ou seja, não estão utilizando a plataforma BAE. O esforço agora é para que todos os municípios participem do processo e, que os inativos passem a alimentar a plataforma.

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Nesta terça-feira, foi realizada uma capacitação para garantir a melhor operacionalização de dados e também uma troca de experiências para que a busca seja de fato realizada e efetiva.

Participam também da união de esforços a Associação para Desenvolvimento Social dos Municípios (APDM-MT), o Instituto Peabiru e o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT).