Introdução alimentar: papinhas práticas para bebês

Com a chegada do bebê, toda a rotina muda e as famílias têm que se adaptar, principalmente no que diz respeito à alimentação. Itens tecnológicos, que auxiliam no cotidiano, como o mixer de mão, passam a fazer parte do dia a dia da casa.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), frutas, legumes e novos alimentos devem ser introduzidos na alimentação infantil apenas aos seis meses. É a partir dessa idade que as enzimas digestivas começam a ser produzidas e as bactérias intestinais podem auxiliar na proteção do bebê, atuando contra prováveis doenças infecciosas.

Se os novos alimentos forem introduzidos na alimentação antes dos seis meses, existe a possibilidade de a criança passar por uma condição de insuficiência de nutrientes e vitaminas, o que pode prejudicar o crescimento. O ideal é que nessa faixa etária o bebê seja apresentado a novos alimentos, complementando a nutrição do leite materno.

Opções para montar o cardápio ideal

Primeiro de tudo, o sal e o açúcar devem estar distantes do cardápio. Assim, o recomendado é que a criança tenha acesso aos alimentos de forma natural, para que as papilas gustativas não sejam impactadas e estimuladas precocemente.

Como os dentinhos ainda estão em formação, é importante utilizar mixer, triturador ou liquidificador, auxiliando a deglutição e digestão, para que a criança tenha uma alimentação adequada. Alguns alimentos podem ser amassados ou levemente raspados, mantendo a textura, para contribuir no processo de introdução alimentar.

Outro ponto relevante é o rendimento das porções. Como os bebês comem uma medida menor que o normal, muitas vezes as preparações podem render mais de uma refeição. Sendo assim, é vital que sejam armazenadas em recipientes adequados no refrigerador, mantendo o frescor dos alimentos.

Abaixo, separamos três receitinhas nutritivas e ideais para o momento da alimentação:

A mais tradicional de todas

Quando se fala em papinha, certos legumes vêm à mente. Os mais tradicionais, batata e cenoura, podem ganhar um aliado nesta receita, que leva: uma cenoura, duas batatas e metade de uma cebola média. É só cozinhar tudo junto, depois levar para o liquidificador com um pouco da água utilizada no próprio cozimento.

Essa receita rende algumas porções e o ideal é que seja servida ainda morna, para manter as características da comida. Lembre-se de que não é necessário fazer uso de sal ou nenhum tempero, pois a criança está no processo de introdução alimentar e deve sentir o sabor real dos alimentos.

Canja de galinha

Essa popular receita nos lares brasileiros pode se transformar em uma deliciosa papinha. Para isso, é preciso fazer algumas pequenas adaptações, já que os pequenos não devem consumir a mesma quantidade de sal que os adultos. Veja a preparação:

• Em uma panela, refogue o arroz com um fio de azeite apenas no alho e junte meia cenoura cortada em cubos;
• Limpe um filé de frango, junte com uma cebola e cozinhe na pressão;
• Quando estiverem prontos, bata tudo no liquidificador com um pouco da água do cozimento
• Sirva ainda morno para o bebê

Salada de frutas

A clássica salada de frutas também pode ser servida para bebês maiores, de uma forma mais fácil nessa etapa. Amasse uma banana-nanica, meio mamão, rale no modo mais fino meia maçã e junte com o suco de uma laranja (pera ou lima, a seleta, considerada mais ácida, não é indicada).

Se a criança ainda tiver seis meses ou perto dessa idade, o recomendado é que tenha acesso às frutas separadamente. Sendo assim, poderá consumir a banana e o mamão amassados, ou a maçã raladinha no lado mais fino do ralador, por exemplo. Outra forma de servir é cozinhando a maçã e amassando com um pouco da própria água do cozimento.