No último dia 9 de abril, Gilson Carlos Carvalho Silva, de 46 anos, deixou a cidade localizada na região Sul do Rio de Janeiro e seguiu de ônibus em direção à Campos de Júlio, onde iria trabalhar em uma construtora. Ao desembarcar em Cuaibá, no dia 11, começou a história que gerou a angústia da família, que só foi encerrada nesta quinta-feira.

Assaltado, Gilson ficou sem dinheiro, sem documentos e sem telefone celular. Por isso, perdeu contato com a família na cidade carioca, com que deixou de se comunicar.

Sem ter para onde ir, Gilson que é pedreiro e pintor de paredes, perambulou pela capital, onde, segundo ele, enfrentou a violência das ruas, até que uma pessoa, ao vê-lo sendo espancado, ofereceu carona para Campo Verde.

Ao chegar na cidade, ele procurou a Secretaria de Assistência Social, onde foi acolhido e orientado a registrar um boletim de ocorrência informando o roubo de seus documentos. Essa foi a deixa para que a família conseguisse localizá-lo.

Sem ter notícias do irmão, a doméstica Regiane Carvalho Silva viajou até Cuiabá a sua procura. Lá, buscou uma delegacia de polícia para saber se havia algum boletim de ocorrência em nome de Gilson. A informação foi positiva. Ele havia registrado um B.O na delegacia de Campo Verde por orientação da equipe da Assistência Social.

Rosângela então, se deslocou até Campo Verde, onde reencontrou o irmão. Para ela e para toda a família, foi um alívio. “Estou muito feliz, a gente estava muito triste. A família toda [está feliz]”, disse ela.

“A gente se reuniu. Fizemos um grupo, minha mãe passando muito mal. A gente ficou desesperado”, contou Regiane que veio de Valença acompanhada pelo filho João. “Estou muito feliz e agradeço muito a Assistência daqui que ajudou muito ele. Eles trataram a gente muito bem”, ressaltou Regiane.

Para Gilson, a experiência foi traumática e o que ele quer é esquecer. “Os planos agora é (sic) seguir a vida, agradecer a Deus, a todos que me ajudaram e vida nova. É recomeçar. Esses são meus planos”, disse ele.  Na tarde de quinta-feira, Gilson e os familiares seguiram para Rondonópolis com passagens doadas pela Assistência Social. De lá, seguiram para o Rio de Janeiro por conta própria.

Se para a família o reencontro foi motivo de felicidade, para a Secretaria de Assistência Social foi a concretização de um trabalho que busca auxiliar pessoas em dificuldades. “Esse é um trabalho diário da nossa equipe”, enfatizou a secretária de Assistência Social e primeira-dama Rosilei Pereira Borges de Oliveira. “Diariamente são realizadas esse tipo de abordagem para saber quem são essas pessoas em situação de rua”, continuou. “Para nós, hoje está sendo um dia muito feliz”. É um momento em que nós ficamos muitos felizes em saber que, através do trabalho da Assistência Social foi possível conectar novamente, unir novamente essa família. É concretização de um trabalho de toda uma equipe”, completou.