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Azeitech 2024 discute a olivicultura na Serra da Mantiqueira

Evento promovido pela Epamig nesta sexta-feira (2/2), em Maria da Fé, reuniu produtores, expositores e autoridades que acompanharam inauguração de ...

02/02/2024 às 20h57
Por: Redação Fonte: Secom Minas Gerais
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Diego Vargas / Seapa
Diego Vargas / Seapa

A Empresa de  Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) realizou, nesta sexta-feira (2/2), a edição 2024 do Azeitech. O evento, presencial e gratuito, aconteceu no Campo Experimental de Maria da Fé, e reuniu produtores, visitantes e autoridades, que puderam acompanhar as atividades do 19º Dia de Campo de Olivicultura, da 9ª Mostra Tecnológica e a inauguração das melhorias na agroindústria de extração de azeite da Epamig.  

A modernização do lagar foi possibilitada com recursos do edital PPE 00049/21 da  Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) / Fapemig , e contemplou valores próximos a R$ 2 milhões para a compra de máquina extratora, lavadores de garrafa, rotuladores, tanques e mesas de inox, além de equipamentos de laboratório. O novo maquinário da agroindústria foi adquirido da Fast Tecnologia Industrial, de Santa Catarina. “Temos que ressaltar que são equipamentos desenvolvidos aqui no Brasil por uma empresa que é parceira no trabalho e conhece a realidade da nossa olivicultura”, ressalta o coordenador do Programa Estadual de Pesquisa em Olivicultura da Epamig, Luiz Fernando de Oliveira.

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As funcionalidades da planta de extração, com capacidade para processar 250 kg de azeitonas por hora, foram apresentadas por Ademir Silveira de Ávila, representante da Fast Indústria, que destacou a proximidade da assistência técnica como um dos principais diferenciais dos serviços da Empresa. “A gente sabe de todas as dificuldades que o olivicultor tem e buscamos cada vez mais trazer equipamentos adaptados a nossa realidade, que é totalmente diferente daquela dos países produtores europeus”, afirmou.

A agroindústria ganhou o nome de João Antônio Augusto, em homenagem ao funcionário conhecido como “Seu Ico”, que trabalhou na Unidade por quase 40 anos e que morreu durante a pandemia de covid-19. “Esse é um ato singelo para homenagear o comprometimento de um colaborador que tanto fez por essa unidade”, declarou a diretora-presidente da Epamig, Nilda Ferreira Soares.

Nilda falou sobre o crescimento da olivicultura e do interesse pela atividade na Região da Serra da Mantiqueira. “A cada evento podemos comprovar a importância da olivicultura no nosso estado, temos mais de 250 produtores de azeite só aqui na Serra da Mantiqueira e mais de 60% dessa produção está em Minas Gerais. Conhecemos as dificuldades e os anseios dos nossos produtores e temos aqui em Maria da Fé, onde em 2008, realizamos a primeira extração do azeite extravirgem nacional, um ponto de apoio a quem quer investir na atividade e em outros segmentos como o olivoturismo. Esta agroindústria, equipada com maquinário moderno, está disponível para os produtores que ainda não têm seus lagares. Temos ainda serviços de análises laboratoriais e orientações para o início do plantio e manejo de doenças e pragas”, informou.  

A abertura do evento contou com a presença do secretário de Estado de Agricultura , Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, dos presidentes da Emater-MG , Otávio Maia, e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) , Antônio Carlos de Moraes, de autoridades do município, representadas pelo secretário de Cultura e Turismo, José Maurício Campos Ribeiro, e do presidente da Associação dos Olivicultores dos Contrafortes da Mantiqueira (Assoolive), Moacir Batista do Nascimento Filho.  

O diretor-geral do IMA chamou a atenção para a certificação do azeite, que contribui para a agregação de valor ao produto e que pode contribuir para o crescimento do olivoturismo. Otávio Maia, da Emater-MG, também destacou o turismo rural, e colocou a experiência da empresa de extensão à disposição dos produtores. “A Emater-MG tem um programa de desenvolvimento do turismo rural, que já trabalha com queijo e café, precisamos agora trabalhar com os azeites e com os vinhos produzidos em nosso estado, por meio de ações conduzidas, brilhantemente pela Epamig”.

O secretário Thales Fernandes destacou a importância da pesquisa para o sistema produtivo. “Este investimento que está sendo feito aqui é crucial, não adianta tentar produzir com qualidade sem pesquisa, sem tecnologia. Precisamos também da extensão rural de braços dados, para que essa pesquisa seja aplicada e gere resultados. Essa junção de gastronomia, turismo, agricultura e qualidade de vida tem tudo para ser um casamento de sucesso”.

O presidente da Fapemig, Carlos Arruda, que não pôde estar presente no evento, se manifestou sobre os novos equipamentos. “A renovação da agroindústria, que foi apoiada pela Fapemig, vai permitir atender a um número ainda maior de micro e pequenos produtores da região, que utilizam essa infraestrutura para o processamento do azeite. Esse é um exemplo do ciclo benéfico da aplicação do conhecimento e da inovação: os estudos desenvolvidos no local são repassados aos produtores, que aplicam os ensinamentos na melhoria de sua produção e retornam com novas demandas, que serão investigadas pelos pesquisadores. Ganha a Epamig, com a ampliação do conhecimento sobre o tema; ganham os produtores, com a melhoria da competitividade de seus produtos; e ganha toda Minas Gerais, na forma de mais oportunidades e desenvolvimento”.

Troca de conhecimentos

Nem mesmo a chuva, que caiu em Maria da Fé na manhã desta sexta-feira, impediu os quase 300 participantes de adquirirem conhecimento sobre tecnologias e produtos ligados à olivicultura. Willian dos Reis Silva, produtor de oliveiras na Região da Serra da Canastra, esteve no evento pela primeira vez. Ele conta que mantém contato com a equipe da Epamig em Maria da Fé desde que optou pelo cultivo. “Depois de dois anos das primeiras conversas, viajamos mais de 500 quilômetros, rumo à Mantiqueira, para termos contato com o universo das oliveiras e foi de grande valia. Eu obtive muitas informações importantes aqui, além de interações com outros produtores, consultores e fornecedores.

O Dia de Campo de Olivicultura contou com palestras sobre condições climáticas e combate a pragas e doenças. A pesquisadora de Pós-doutorado da ESALQ/USP, Joyce Froza, falou sobre “Cigarrinhas Vetoras da Xylella fastidiosa em Oliveira”. Ela trabalha em parceria com a Epamig desde 2015 em pesquisas para o manejo desse inseto vetor. “A Xylella fastidiosa é uma doença muito complexa, que vem causando preocupação entre os olivicultores e pode se propagar de várias formas. Em 2023, iniciamos aqui em Maria da Fé um novo projeto para avaliar plantas espontâneas da vegetação rasteira entre os pomares, os chamados matos, e verificar se eles podem ser possíveis fontes de inóculos da bactéria e quais espécies de cigarrinha estão relacionadas com essas plantas”.

Na Mostra Tecnológica, 22 expositores demonstraram maquinários, insumos, serviços e produtos derivados da olivicultura. A editora Ufla trouxe suas publicações para o evento pela terceira vez. “Tem sido uma oportunidade muito rica para apresentarmos e comercializarmos as publicações da Universidade e de instituições parceiras. Os visitantes já nos procuram em busca de temas específicos, com certeza voltaremos outras vezes”, assegura o diretor da Editora, Flávio Monteiro de Oliveira.

A empresa Minas Caldeiraria do município de Maria da Fé, foi a responsável pelo fornecimento das mesas de inox da agroindústria da Epamig e participou da Mostra Tecnológica. “Fabricamos peças para diversas agroindústrias de acordo com a necessidade do cliente. Os participantes aqui tiveram muito interesse em nosso trabalho, elogiaram o acabamento das peças, fizeram muitas perguntas e levaram nossos panfletos de contato, foi muito bom”.

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