Um milagre ocorre quando um ato, algo ou acontecimento fora do comum é inexplicável pelas leis naturais. Há 28 anos, a ciência não consegue explicar como uma imagem de gesso e oca de Nossa Senhora de Fátima é capaz de verter mel, azeite, vinho e lágrimas no interior de São Paulo.
Recentemente, um grupo formado por pessoas de vários países decidiu enviar o mel que emana da santa para análise de um laboratório. O Padre Oscar Donizeti Clemente, vigário da Paróquia Imaculado Coração de Maria, em São José do Rio Preto (SP), levou o material para análise em setembro deste ano.
Segundo o laudo do laboratório, o mel que emana da imagem não tem propriedades que são pertinentes ao mel que as abelhas produzem no Planeta Terra. “O laudo consta que o mel que foi enviado para análise, e esse mel fui eu que enviei, tenho 100% de certeza que é original, teve resultado de não ser mel de abelha. As abelhas produzem o mel a partir de um néctar da flor e essas propriedades não constam no mel. Ele não tem propriedades que são pertinentes ao mel que as abelhas fazem no Planeta Terra”, ressaltou o sacerdote.
Padre Oscar revelou que a imagem já passou por vários estudos e todos endossam a natureza supranormal do fenômeno. “Foi investigado do ponto de vista científico e comprovado que não há interferência do ser humano nela e nem de mente. Na parapsicologia, quando o fenômeno não tem explicação, ele é chamado de fenômeno supranormal. E este é um fenômeno supranormal, que é equivalente ao milagre”, explicou o sacerdote.
O padre contou ainda que mel e sal vertem da santa com mais abundância do que vinho e lágrimas. Ele acompanha o caso desde 2010 e já testemunhou vários milagres atribuídos a essa devoção. “Eu testemunhei um milagre quando estava em uma celebração na minha comunidade. A imagem não é tocada por ninguém e naquele dia, há uns 10 metros de distância, havia uma senhora rezando ajoelhada no banco. Eu estava passando antes da missa e ela me disse que o banco onde ela apoiou o braço estava com mel, mas isso era impossível, porque a imagem estava muito distante. Fui ver, percebi que realmente era mel e peguei uma toalha de papel para limpar o banco e também ajudei a senhora a limpar os braços. E ficou por isso mesmo.
Cerca de um mês depois, esta senhora retornou à comunidade e me disse que naquele dia que o mel apareceu no banco e em seus braços ela estava orando pedindo a intercessão de Nossa Senhora. Ela tinha recebido um diagnóstico de câncer incurável no intestino e tinha poucos dias de vida, segundo os médicos. Eu perguntei como estava e ela me mostrou um atestado do médico, que fiz questão de ler em público, dizendo que inesperadamente o câncer dela não existia mais, tinha desaparecido. Se isso não for milagre, o que é então?”, questionou o padre.
Em 42 anos de sacerdócio, Oscar disse que nunca se deparou com algo semelhante. “Já trabalhei com a Rede Globo analisando fenômenos paranormais, mas todos que vi tinham uma explicação científica. E esse fenômeno não tem explicação, assim como o de Nossa Senhora de Guadalupe também não tem”, acrescentou.
Há 30 anos, a paulistana Lilian Aparecida ficou muito triste quando a imagem que tinha de Nossa Senhora de Fátima, de quem é muito devota, quebrou. Ela morava em Mirassol, no interior de São Paulo, e tinha o costume de rezar o Rosário diante da imagem todo dia 13 de cada mês. Uma vizinha então resolveu presenteá-la com uma imagem que trouxe de Portugal.
Dois anos depois, no dia 13 de maio, Lilian percebeu que sua imagem vertia lágrimas. Ela enxugou, mas elas não paravam de cair. O fato foi testemunhado pelas mulheres que tinham ido a casa dela para rezar. Posteriormente, a imagem foi transferida para a Igreja de São José e Santa Teresinha e passou a verter sal.
No dia 22 de maio de 1993, o sal se transformou em mel. Com isso, ela ficou conhecida como Nossa Senhora do Mel e desde então visita várias paróquias e reúne multidões por onde passa. “Nós temos muitos testemunhos de pessoas que receberam alguma graça por meio dela. Lógico que quem faz o milagre é Deus, mas ela é intercessora”, ressaltou o padre.
